Vazio dentro de nós.
Por Aline Charane.

Quando vi essa imagem, encontrei uma forma lúdica de explicar algo que a constelação familiar ensina e que na prática se torna difícil de entender e muitos até torcem o nariz: o vazio que sentimos.
Vou tentar resumir, porque o pensamento filosófico de Bert Hellinger e’ complexo.
Bert fala que quando sentimos um vazio dentro de nós, e inclusive esse vazio se torna patológico, como no caso dos transtornos depressivos, isso ocorre porque em nossa alma, não tomamos um ou os dois genitores.
Tomar, na constelação, significa: concordar que os pais sejam exatamente do jeito que são!
Eu sei, não é simples. Tem vários “mas” nessa afirmação. Mas meu pai foi assim... mas minha mãe foi assado...
Deixando isso um pouco de lado e aprofundando no pensamento de Bert, retorne na imagem. E imagine que você não gosta de varias coisas de seu pai. E para cada coisa que você não gosta, que julga, que recrimina ou reclama, tire uma bolinha branca da imagem do filho. Agora faça o mesmo em relação a sua mãe.
O que acontece com o filho representado nessa imagem?
Fica cheio de buracos vazios!! Isso mesmo. Fica vazio.
E o que esse filho vai tentar fazer quando se tornar adulto? Preencher esses buracos com coisas/pessoas/situações, que aparentemente poderiam suprir esse vazio.
Porém o que vemos é que isso não dá muito certo né?
Eu fui uma pessoa que tinha um vazio gigante!! Acho que até tenho alguns buraquinhos ali e acolá, mas quando eu entendi essa profunda reflexão, me abri aos meus pais, do jeito que eles são e comecei a ser inteira novamente.
Não dá para explicar em poucas palavras através desse post. Mas é real.
Quando aceitamos nossa história com os pais que tivemos, independente do contexto, vamos preenchendo os buracos com as partes certas.
Aqui entra o bom e o ruim. Eu sempre digo que o ruim de nossos pais e de nossa história se transforma no adubo que faz com que nossa Flor interna floresça.
Mas o mais importante é que esse vazio deixe de existir a cada dia... ♥👣
Aline Charane.